A Psicopedagogia trata de uma complexidade de fatores, juntamente com uma variedade de atuações e funções; para isso é necessário um profissional responsável e, sobretudo, apaixonado pelo que faz, divulgando seu trabalho, esclarecendo as dúvidas de pessoas leigas. Esse será o caminho do psicopedagogo de sucesso, pois existe uma enorme diferença entre ter um diploma de Psicopedagogia e ser um Psicopedagogo.
Ser um psicopedagogo é muito mais do que dominar técnicas de psicologia e/ou pedagogia. É sempre estar se atualizando nos assuntos que permitem compreender a criança na maioria de suas manifestações, tanto psíquicas, quanto motoras, sociais, biológicas. Ser psicopedagogo é estar apto a trabalhar de forma clínica e/ou institucional, visando a prevenção como sua filosofia maior; e também estar apto às diversas áreas nas quais se pode trabalhar: clínicas, escolas, instituições, hospitais, empresas. Ser psicopedagogo não é apropriar-se de conhecimentos e sim difundi-los; não é criar dependência e sim emancipar; não é rotular e sim socializar.
O objetivo de um psicopedagogo não deve ser o problema da aprendizagem e sim ela própria, sem deixar que os problemas se instalem para que seja possível atuar. Deve ser facilitador de uma aprendizagem prazerosa, na qual o aluno consegue expor toda a sua potencialidade; deve também orientar o educando a como estudar, verificando se há apropriação dos conteúdos escolares, facilitando o desenvolvimento do raciocínio.
A prática psicopedagógica, sobretudo na área clínica, tem sua metodologia de trabalho, ou seja, a abordagem e tratamento, se tecendo em cada caso, na medida em que a problemática aparece. Cada situação é única e requer do profissional atitudes específicas em relação àquela situação. Essa forma de atuação também pode se caracterizar dentro das instituições.
Como psicopedagogo, precisamos estar atentos à cultura, à história, enfim, ao contexto social das escolas e famílias, para orientá-las de forma a conseguirem um resultado mais efetivo; diagnosticar a escola e também a família, pois muitas vezes são ambas ou uma delas que estão prejudicando a aprendizagem da criança.
Enfim, o psicopedagogo pode desenvolver “n” atividades no contexto escolar ou fora dele; cabe ao profissional que se digne a assim ser chamado, ser capacitado e responsável, além de incitar a confiança por meio de comportamentos éticos, a todos os quais se dirige, para que seu trabalho tenha pleno sucesso e eficácia, amenizando o sentimento de exclusão que uma criança que não aprende sofre.
Muitos cursos de psicopedagogia têm surgido e a demanda pelos cursos também, pois cada vez mais educadores, psicólogos e pais tem sentido a necessidade de conhecer o processo de ensino-aprendizagem e tudo o que envolve esses conceitos. Afinal, na atualidade, estamos em constante metamorfose entre educandos e educadores, pois ora somos alunos e ora professores. Diante desse aumento de cursos e profissionais, precisamos recorrer ao órgão competente para regulamentação da profissão que, aqui no Brasil, é a Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp), responsável pela organização de eventos, publicação de temas relacionados à psicopedagogia, cadastro de profissionais, entre outras atividades, atuando há mais de 13 anos.